Edmar Ferreira
Jogo pegado. Muita disposição e garra. Ninguém queria perder, já que a rivalidade estava em campo. CT Amarildo e Metalúrgicos, duas das principais escolinhas de futebol de Limeira, fizeram um dos jogos mais eletrizantes da Copa Gazeta Sub-13 e talvez o mais acirrado de todos.
Os rivais entraram em campo cientes de que o Santos venceria a Escola do Lê pelo futebol vistoso apresentado até aqui. Sendo assim, ambos brigariam por uma única vaga às semifinais. Por ter um ponto a mais, o CT Amarildo necessitava de um simples empate para avançar e foi mais além.
Precisando vencer a todo custo, o Metalúrgicos, que vinha de dois empates consecutivos (1 x 1 contra o Santos e 0 x 0 contra a Escola do Lê), tomou a iniciativa da partida. O único problema é que o time comandado pelo técnico Jabuti não entrava na área. Foram quatro chutes de longa distância, literalmente "do meio da rua", sendo três de Róbson e um de Léo Dias. Um deles quase resultou em gol, pois o goleiro David foi buscar no ângulo, fazendo um milagre.
Assustado com o início do oponente, o CT Amarildo aos poucos foi se encontrando na partida, sem se desesperar, jogando com inteligência. Aos 23 minutos, João Vítor trabalhou pela direita e bateu no alto para uma defesa espetacular de Flávio. Bom primeiro tempo, apesar do 0 a 0.
O segundo tempo foi bem mais movimentado, cheio de alternativas. Logo no primeiro minuto, falta cobrada por Guinunes e defesa de Flávio, que espalmou para escanteio. Aos 7 minutos, na jogada de Léo na entrada da área, todos do CT Amarildo pediram uma penalidade máxima. O árbitro Valdir Pires mandou o jogo seguir.
O CT Amarildo dominava as ações e pressionava mais, sem é claro, se descuidar na defesa. A entrada do atacante Neto foi fundamental para a classificação. Foi a mexida perfeita do técnico Daniel. Aos 12 minutos, Guinunes foi lançado na entrada da área e encobriu o goleiro Flávio. Seu companheiro Neto, esperto no lance e mesmo caído, conseguiu finalizar, mas a zaga salvou em cima da linha. O rebote ficou com Guinunes, que acabou derrubado na área. Desta vez o árbitro apontou a marca da cal, bastante contestado pelo Metalúrgicos. Guinunes cobrou e o goleiro Flávio defendeu. Para sua infelicidade, o rebote caiu nos pés do próprio Guinunes, que finalizou com precisão, no canto oposto do arqueiro: 1 a 0.
O Metalúrgicos sentiu demais o gol e ficou desorientado em campo. O técnico Jabuti era o retrato da decepção. No banco de reservas ele gritava com sua equipe, pedindo raça, mas não sendo correspondido. O CT Amarildo aproveitou o momento de instabilidade do rival para buscar o segundo gol. Aos 15 minutos, por pouco Douglas não ampliou. Ele bateu prensado da entrada da área e Flávio desviou em seu canto esquerdo, mandando a bola para escanteio. Dois minutos depois, Neto inicia a jogada pelo meio que resulta no gol de Guinunes. Ele invade a área e toca com categoria por cima do goleiro: 2 a 0.
O Metalúrgicos esboçou uma reação tardia nos minutos finais. Primeiro, teve um gol anulado de Léo Dias, que completa para o gol uma falta cobrada por Róbson. Acontece que o meia estava em completo impedimento. No minuto seguinte, Guilherme marca um bonito gol, no ângulo de David: 2 a 1. Mas não dava tempo para mais nada. Vitória e classificação do CT Amarildo.
Ficha Técnica:
CT Amarildo 2 x 1 Metalúrgicos
Gols - Guinunes, de pênalti, aos 12 e aos 17 minutos do 2º tempo (CT); Guilherme aos 25 minutos do 2º tempo (M)
Local - Sindicato do Papelão
Árbitro - Valdir Pires
Auxiliares - Derone Salles e Ezequiel Alecci
CT Amarildo - David; Luís Henrique, Bryan, Alemão e Dieguinho; Gabriel, Nicolas, João Vítor (Neto) e Douglas (Felipe); Léo (Gabriel) e Guinunes (Wendel). Técnico - Daniel.
Metalúrgicos - Flávio; Ramon Moraes (Matheus), Ramon Lima, Marcelo e Luís Gustavo; Renner, Róbson, Matheus Viana (Jefferson) e Léo Dias; Guilherme e Eduardo (Matheus Farias). Técnico - Jabuti.
*** Fotos - Mario Roberto
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